Quais são os principais desafios para encontrar dados pessoais?

Você já deve ter ouvido a frase de Clive Humby de que os “dados são o novo petróleo”. Em tempos de tecnologia, essa é uma verdade incontestável. Além disso, a coleta e utilização de dados pessoais ficou ainda mais valiosa depois do início da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados – no Brasil, no final de 2020. 

Isso porque a partir da LGPD, a coleta e o gerenciamento dos dados ficaram ainda mais restritivos. Mais do que nunca, para coletar e utilizar determinados dados, é necessário obter a expressa autorização dos proprietários. Caso contrário, as empresas podem sofrer multas que chegam a R$ 50 milhões. 

Para ter facilidade para encontrar os dados pessoais e solucionar outros desafios, preparamos as dicas a seguir. Siga conosco e confira! 

O que são dados pessoais

É uma informação que pode ser integralmente ligada a uma pessoa, representando nessa cadeia a associação de algo a um indivíduo. E ainda, segundo a SERPRO (Secretaria Federal de Processamento de Dados), trata-se de informações que permitem identificar qualquer pessoa viva. Nesta lista, estão, entre outros: 

  • Nome 
  • RG 
  • CPF 
  • Gênero 
  • Data e local de nascimento 
  • Telefone 
  • Endereço residencial 
  • Retrato em fotografia 
  • Prontuário de saúde 
  • Cartão bancário 
  • Renda 
  • Histórico de pagamentos 
  • Hábitos de consumo 
  • Preferências de lazer 

Dados sensíveis

Dentro da categoria de dados pessoais existem os dados sensíveis, que demandam ainda mais atenção quanto à coleta e, principalmente, uso. Entre seus principais tipos de dados, estão: 

  • Origem racial ou étnica 
  • Convicção religiosa 
  • Opinião política 
  • Filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso 
  • Filiação a grupo filosófico ou político 
  • Informação referente à saúde ou vida sexual 
  • Dados genéticos ou biométricos 

É importantíssimo entender corretamente a utilização dos dados sensíveis, pois esses podem ferir diretamente a liberdade de seus titulares. 

Vale lembrar que a coleta dessas informações deve ser expressamente autorizada. No caso de crianças e adolescentes, essa autorização precisa vir dos pais ou responsáveis. Além disso, caso sejam feridas as leis protetivas da LGPD sobre a coleta dessas informações, é grande a possibilidade de a empresa sofrer consequências jurídicas. 

Dados anonimizados

São conhecidos como dados anonimizados aqueles cujos titulares não são identificados. Esses dados são processados para que se percam as conexões diretas com os indivíduos. São muito utilizados em estatísticas, além de alimentar o crescimento da Inteligência Artificial, Machine Learning e Internet das Coisas (IoT), que aprendem com diferentes informações sobre como tomar decisões melhores e mais rápidas. 

É importante saber que se houverem quaisquer meios de identificação dos proprietários desses dados eles deixam de ser anonimizados e podem ferir a LGPD

Mas atenção: existem também os dados pseudonimizados, que a princípio parecem não ter associação direta com uma determinada pessoa, mas quando olhados em conjunto com outros dados, acabam por identificar o proprietário. 

Quais riscos correm os dados desprotegidos?

O número de ciberataques, conforme noticiado em várias mídias, vem crescendo de forma exponencial. São grandes as chances de um indivíduo ser atacado nos dias de hoje, e são ainda maiores de acontecer com as empresas, principais alvos dos criminosos. 

Portanto, não é exagero dizer que seu negócio está na mira. E o que reforça isso é o estudo no qual foram registrados 8,4 bilhões de tentativas de ataques no país. É um número absolutamente assustador. 

Entre os principais tipos de ataques estão as tentativas de phishing (e-mails com links falsos). Ao clicar no link, o usuário pode ter o acesso ao seu dispositivo ou rede invadidos. 

Tratando-se de empresas, a consequência mais comum é que os hackers sequestram dados sensíveis e peçam quantias altas para o resgate, ameaçando a exposição desses dados caso tal resgate não seja pago.

Como proteger os dados pessoais?

Como você pôde ver, os riscos para os seus dados desprotegidos vêm de todos os lados. E o primeiro passo para protegê-los já se adequando às regras da LGPD é por meio do mapeamento dos dados pessoais. 

Mapeamento de dados

O mapeamento de dados (data mapping) auxilia a encontrar os diferentes tipos de dados e a categorizá-los. Com ele, é possível saber onde e como os dados trafegam, o que auxilia na identificação das informações. 

Ele possibilita um detalhamento das informações, classificando, por exemplo, se os dados são originários de clientes, parceiros ou colaboradores, bem como qual o grau de risco envolvido durante a coleta dessas informações e as regras de compliance que serão aplicadas. 

Como é o mapeamento de dados, na prática?

São 4 os passos principais para realizar o mapeamento de dados nas empresas. Confira abaixo cada um desses passos: 

1. Definir equipe multidisciplinar

Para um mapeamento completo, é fundamental a participação de diferentes áreas da empresa. Isso ajudará a identificar possíveis falhas técnicas e jurídicas no tratamento dos dados. A grande vantagem desse esforço é criar uma cultura voltada à proteção dos dados na empresa

2. Identificar o fluxo dos dados

Consiste em identificar as maneiras sobre como os dados passam por cada departamento, quais ferramentas são utilizadas, entre outros. 

Neste momento devem ser realizados, entre outros: 

  • Questionários para identificar o ciclo de vida dos dados na empresa; 
  • Entendimento sobre como os dados são compartilhados com terceiros; 
  • Avaliação de documentos existentes; 
  • Identificação de ativos e mapeamento de topologia (servidores, serviços e aplicações). 

3. Análise de riscos

A partir desse mapeamento, é possível identificar quais dados serão coletados, quais podem ser descartados e quais tratamentos fogem à LGPD. Além disso, é possível notar possíveis vulnerabilidades e criar políticas de acesso aos dados com a finalidade de evitar vazamentos. 

Isso permitirá um plano de ação completo e eficaz na proteção de dados

4. Emissão de relatórios e planos de ação

Como todo o mapeamento realizado e o risco avaliado, chega o momento de emitir os relatórios finais, incluindo o Plano de Ação para correção das falhas identificadas. 

Comece a cuidar dos dados pessoais em sua empresa

Um bom parceiro é indispensável para te auxiliar no mapeamento dos dados existentes e garantir as devidas proteções. 

A Future é uma empresa que atua há 24 anos protegendo os dados dos mais diversos clientes. Especializada na LGPD, a empresa contempla uma linha de soluções completas, de ponta a ponta, para dar toda a segurança necessária às informações sensíveis de sua empresa. 

Fale agora mesmo com um especialista e saiba como elevar o nível de proteção aos dados de sua empresa para evitar ataques e vazamentos. 

Brasil é um dos principais países com usuários afetados por aplicativos maliciosos no Google Play Store

A Trend Micro, uma das gigantes globais em cibersegurança, descobriu recentemente um spyware, software espião de computador, que tem o objetivo de observar e roubar informações pessoais de usuários (detectado como ANDROIDOS_MOBSTSPY) – que se disfarçava como aplicativos legítimos do Android. As aplicações estavam disponíveis para download no Google Play Store em 2018, com algumas já tendo sido baixadas mais de 100 mil vezes por usuários de todo o mundo.

No ano passado, a BleepingComputer relatou que diversos softwares mal intencionados estavam sendo instalados nos celulares com sistema operacional Android e minerando criptomoedas, especificamente Monero, em segundo plano enquanto os usuários acreditavam estarem realizando as tarefas normais que o aplicativo prometia realizar. A mineração maliciosa era feita em diversos aplicativos, inclusive aqueles destinados a funcionalidades corriqueiras, como organizador de tarefas e jogos.

Neste caso revelado pela Trend Micro, não trata-se de mineração maliciosa, mas de phishing para roubo de informações, que também pode afetar serviços de carteiras instalados no celular e até mesmo contas em exchanges que não possuem um aparato de segurança robusto. Parte do que torna esse caso interessante, é o quão amplamente seus aplicativos foram distribuídos. Por meio do monitoramento de back-end e pesquisa profunda da Trend Micro, constatou-se a distribuição por diferentes países, com usuários afetados de 196 países distintos. O Brasil foi um dos países recordistas em infecção por este tipo de aplicativo, sendo o sexto país do mundo que mais teve usuários baixando e instalando o aplicativo.

Um dos aplicativos inicialmente investigado foi o jogo chamado Flappy Birr Dog. Outras aplicações incluíam o FlashLight, o HZPermis Pro Arabe, o Win7imulator, o Win7Launcher e o Flappy Bird. O Google já removeu todos esses aplicativos sua loja Google Play.

O “MobSTSPY” é capaz de roubar informações como localização do usuário, conversas por SMS, registros de chamadas e itens da área de transferência. Assim que o aplicativo malicioso for iniciado, o malware primeiro verificará a disponibilidade da rede do dispositivo. Em seguida, lê e analisa um arquivo de configuração XML de seu servidor C & C.

O malware irá então coletar certas informações do dispositivo, como o idioma utilizado, o país registrado, o nome do pacote, o fabricante do dispositivo, etc. Dependendo do comando recebido pelo malware, ele pode roubar conversas por SMS, listas de contatos, arquivos e registros de chamadas. O malware é capaz, inclusive, de roubar e fazer o upload de arquivos encontrados no dispositivo.

Felippe Batista, especialista de segurança da informação para cloud na Trend Micro, alerta para que os usuários sejam cautelosos ao fazerem downloads, por mais que o aplicativo esteja dentro das lojas oficiais do sistema operacional.

“A POPULARIDADE DOS APLICATIVOS SERVE COMO UM INCENTIVO PARA QUE OS CIBERCRIMINOSOS CONTINUEM DESENVOLVENDO SOFTWARES MALICIOSOS PARA ROUBAR INFORMAÇÕES OU REALIZAR OUTROS TIPOS DE ATAQUES. ALÉM DISSO, OS USUÁRIOS PODEM INSTALAR UMA SOLUÇÃO ABRANGENTE DE SEGURANÇA CIBERNÉTICA PARA DEFENDER SEUS DISPOSITIVOS MÓVEIS CONTRA MALWARE MÓVEL.”

Além de seus recursos de roubo de informações, o malware também pode coletar credenciais adicionais por meio de um ataque de phishing. É capaz de exibir falsos pop-ups de serviços como Facebook, Google, entre outros para phishing dos detalhes da conta do usuário (login, senha, entre outros). Se o usuário inserir suas credenciais, o pop-up falso informará apenas que o login não foi bem-sucedido, permitindo, na outra ponta, que os hackers acessem todos as contas dos usuários com as credenciais obtidas e possam roubar seus fundos em criptomoedas e dados pessoais.

Fonte: Blog Criptomoedas Fácil.

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