Atualize o WhatsApp agora! Bug permite instalação de spyware no seu telefone com apenas uma chamada!

O WhatsApp divulgou uma séria vulnerabilidade no aplicativo de mensagens que dá aos espiões uma maneira de injetar remotamente spywares israelenses em dispositivos iPhone e Android simplesmente chamando o alvo.

O bug, detalhado em um comunicado do Facebook de segunda-feira para o CVE-2019-3568, é uma vulnerabilidade de estouro de buffer na função VOIP do WhatsApp.

Um invasor precisa chamar um alvo e enviar pacotes SRTP (Secure Real-time Transport Protocol) para o telefone, permitindo que eles usem a falha de memória na função VOIP do WhatsApp para injetar o spyware e controlar o dispositivo.

O alvo nem precisaria responder à chamada para o spyware ser injetado, e as chamadas freqüentemente desaparecem dos registros de chamadas.

Embora o WhatsApp ofereça suporte à criptografia de ponta a ponta, que deve proteger o conteúdo das comunicações entre os usuários, essa medida de segurança pode ser prejudicada se um dispositivo for comprometido por malware.

O Financial Times, que divulgou a reportagem, relata que o spyware é da companhia israelense NSO Group, que foi acusada de vender seu spyware para governos com registros duvidosos de direitos humanos.

O principal produto do NSO Group é o Pegasus, uma ferramenta chamada ‘interceptação legal’, que os pesquisadores do Laboratório Cidadão da Universidade de Toronto encontraram recentemente em 45 países.

A implantação generalizada sugere que ela não está sendo usada apenas para combater o crime local e o terrorismo, mas também para a vigilância transfronteiriça, por exemplo, por governos que buscam informações de dissidentes políticos que vivem em outros países.

O malware pode gravar conversas, roubar mensagens privadas, exfiltrar fotos, ligar o microfone e a câmera de um telefone e coletar dados de localização.

No ano passado, uma investigação do Citizen Lab descobriu que colegas de um jornalista mexicano morto também foram alvos de Pegasus.

Os engenheiros do WhatsApp no ​​domingo teriam corrido para lidar com a vulnerabilidade como foi usado naquele dia, na tentativa de instalar o Pegasus ao telefone de um advogado de direitos humanos do Reino Unido.

O WhatsApp implantou uma correção no servidor na sexta-feira da semana passada e publicou um patch para os usuários finais na segunda-feira, juntamente com o aviso do Facebook.

A falha VOIP do WhatsApp afeta o WhatsApp para Android antes de v2.19.134, o WhatsApp Business para Android antes de v2.19.44, o WhatsApp para iOS anterior a v2.19.51, o WhatsApp Business para iOS anterior a v2.19.51, o WhatsApp para Windows Phone anterior a v2 .18.348 e WhatsApp para Tizen antes da v2.18.15.

De acordo com o Financial Times, o advogado anônimo do Reino Unido que foi alvo da Pegasus está processando o Grupo NSO em Israel em nome de um grupo de jornalistas mexicanos e críticos do governo e um dissidente saudita que vive no Canadá. O processo alega que o Grupo NSO é responsável pelo mau uso de seus produtos pelos clientes.

Facebook disse à publicação: “Este ataque tem todas as características de uma empresa privada conhecida por trabalhar com os governos para entregar spyware que supostamente assume as funções dos sistemas operacionais de telefonia móvel. Nós informamos um número de organizações de direitos humanos para compartilhar as informações podemos e trabalhar com eles para notificar a sociedade civil”.

O WhatsApp diz que informou o Departamento de Justiça dos EUA sobre o assunto.

O NSO Group se distanciou da tentativa real de instalar seu spyware no telefone do advogado do Reino Unido.

“A NSO não poderia ou não poderia usar sua tecnologia em seu próprio direito para atingir qualquer pessoa ou organização, incluindo este indivíduo”, disse o NSO Group à ZDNet.
A empresa argumenta que sua tecnologia é licenciada para agências governamentais autorizadas com o único propósito de combater o crime e o terror.

“A empresa não opera o sistema e, após um processo rigoroso de licenciamento e verificação, a inteligência e a aplicação da lei determinam como usar a tecnologia para apoiar suas missões de segurança pública”, disse o grupo NSO.

Acrescentou que investiga quaisquer alegações credíveis de uso indevido e, se necessário, toma medidas, que podem incluir o encerramento do sistema.

“Sob nenhuma circunstância, a NSO estaria envolvida na operação ou identificação de alvos de sua tecnologia, que é operada exclusivamente por agências de inteligência e policiais”, disse o NSO Group.

Fonte: CryptoID.

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Reino Unido multa Facebook em R$ 2,3 milhões por violação de privacidade

O órgão regulador de informação do Reino Unidos (Information Comissioner’s Office) multou o Facebook em R$ 2,3 milhões pela violação da privacidade de usuários no escândalo do vazamento de dados para a empresa de marketing digital britânica Cambridge Analytica, informou nesta quinta-feira, 25, a Agência Brasil. O episódio ganhou visibilidade depois que veículos de mídia do Reino Unido revelaram o uso indevido das informações, inclusive em processos eleitorais, como a disputa presidencial dos Estados Unidos em 2016.

O órgão abriu a investigação em julho e ao longo do processo, foram analisadas evidências e a empresa apresentou suas explicações. Ao final, o ICO decidiu manter a multa no nível possível no momento do fato.

A apuração confirmou as denúncias feitas. Entre 2007 e 2014, o Facebook permitiu o acesso a informações pessoais por desenvolvedores de aplicativos sem consentimento dos usuários. Entre esses, estavam testes comuns. O app adotado para coletar as informações repassadas à Cambridge Analytica foi um teste de personalidade, de autoria de um cientista chamado Aleksandr Kogan.

Na avaliação do órgão, o Facebook violou o direito à proteção de dados de seus usuários e falhou também por não ter garantias suficientes de como tais informações seriam usados por esses desenvolvedores.

Em nota à Agência Brasil, o Facebook disse que estava “revisando a decisão do ICO”, mas discordava de algumas de suas descobertas e agradeceu ao órgão britânico por ter reconhecido sua “total cooperação durante a investigação”.

Fonte: Terra.

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Facebook: novo vazamento expõe informação de 3 milhões de utilizadores

A informação de mais do que 3 milhões de pessoas foi comprometida em mais um escândalo de utilização de informação do Facebook por terceiros, de acordo com o New Scientist. Este vazamento de informação está relacionado com uma aplicação de perguntas e respostas que visava descobrir o “tipo de personalidade” do utilizador.

O que aconteceu?

As informações recolhidas por esta aplicação são obviamente muito pessoais. Em teoria, a base de dados acumulada pelos investigadores por trás da aplicação apenas poderia ser acedida por investigadores aprovados num site colaborativo. Porém, segundo a New Scientist, o username e a password para essa base de dados poderia ser encontrada em “menos do que um minuto” com uma pesquisa online. Assim sendo, a segurança da informação não poderia ser mais baixa.

Qual é a aplicação em questão?

O nome da aplicação chama-se myPersonality. Mais do que 6 milhões de pessoas já responderam às perguntas do myPersonality, mas apenas metade deu autorização para que as respostas fossem partilhadas de forma anónima para utilização de investigadores. Em teoria, cerca de 280 pessoas tinham acesso à informação, incluindo investigadores do Facebook e outras empresas digitais.

Que informação é que estava disponível para toda a gente?

Os nomes não se encontravam associados às respostas. Encontrava-se a idade, o sexo e o estado de relação. Porém, para 150.000 pessoas, estavam incluídas publicações no mural (o que poderá permitir identificar a pessoa). O New Scientist refere também que existem outras formas técnicas de voltar a associar a informação do teste de personalidade à informação extra do Facebook.

Semelhante ao Cambridge Analytica

As semelhanças com o caso Cambridge Analytica são óbvias. A informação foi recolhida através de uma aplicação e utilizada por terceiros. Outro dado curioso é que ambos os casos partiram inicialmente de investigadores da universidade de Cambridge. Assim sendo, apesar deste caso em particular se consideravelmente mais pequeno que o caso de Cambridge, serve como mais um aviso para os potenciais riscos da nova era da informação.

Fonte: New Scientist, MaisTecnologia.

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