Brasil é um dos principais países com usuários afetados por aplicativos maliciosos no Google Play Store

A Trend Micro, uma das gigantes globais em cibersegurança, descobriu recentemente um spyware, software espião de computador, que tem o objetivo de observar e roubar informações pessoais de usuários (detectado como ANDROIDOS_MOBSTSPY) – que se disfarçava como aplicativos legítimos do Android. As aplicações estavam disponíveis para download no Google Play Store em 2018, com algumas já tendo sido baixadas mais de 100 mil vezes por usuários de todo o mundo.

No ano passado, a BleepingComputer relatou que diversos softwares mal intencionados estavam sendo instalados nos celulares com sistema operacional Android e minerando criptomoedas, especificamente Monero, em segundo plano enquanto os usuários acreditavam estarem realizando as tarefas normais que o aplicativo prometia realizar. A mineração maliciosa era feita em diversos aplicativos, inclusive aqueles destinados a funcionalidades corriqueiras, como organizador de tarefas e jogos.

Neste caso revelado pela Trend Micro, não trata-se de mineração maliciosa, mas de phishing para roubo de informações, que também pode afetar serviços de carteiras instalados no celular e até mesmo contas em exchanges que não possuem um aparato de segurança robusto. Parte do que torna esse caso interessante, é o quão amplamente seus aplicativos foram distribuídos. Por meio do monitoramento de back-end e pesquisa profunda da Trend Micro, constatou-se a distribuição por diferentes países, com usuários afetados de 196 países distintos. O Brasil foi um dos países recordistas em infecção por este tipo de aplicativo, sendo o sexto país do mundo que mais teve usuários baixando e instalando o aplicativo.

Um dos aplicativos inicialmente investigado foi o jogo chamado Flappy Birr Dog. Outras aplicações incluíam o FlashLight, o HZPermis Pro Arabe, o Win7imulator, o Win7Launcher e o Flappy Bird. O Google já removeu todos esses aplicativos sua loja Google Play.

O “MobSTSPY” é capaz de roubar informações como localização do usuário, conversas por SMS, registros de chamadas e itens da área de transferência. Assim que o aplicativo malicioso for iniciado, o malware primeiro verificará a disponibilidade da rede do dispositivo. Em seguida, lê e analisa um arquivo de configuração XML de seu servidor C & C.

O malware irá então coletar certas informações do dispositivo, como o idioma utilizado, o país registrado, o nome do pacote, o fabricante do dispositivo, etc. Dependendo do comando recebido pelo malware, ele pode roubar conversas por SMS, listas de contatos, arquivos e registros de chamadas. O malware é capaz, inclusive, de roubar e fazer o upload de arquivos encontrados no dispositivo.

Felippe Batista, especialista de segurança da informação para cloud na Trend Micro, alerta para que os usuários sejam cautelosos ao fazerem downloads, por mais que o aplicativo esteja dentro das lojas oficiais do sistema operacional.

“A POPULARIDADE DOS APLICATIVOS SERVE COMO UM INCENTIVO PARA QUE OS CIBERCRIMINOSOS CONTINUEM DESENVOLVENDO SOFTWARES MALICIOSOS PARA ROUBAR INFORMAÇÕES OU REALIZAR OUTROS TIPOS DE ATAQUES. ALÉM DISSO, OS USUÁRIOS PODEM INSTALAR UMA SOLUÇÃO ABRANGENTE DE SEGURANÇA CIBERNÉTICA PARA DEFENDER SEUS DISPOSITIVOS MÓVEIS CONTRA MALWARE MÓVEL.”

Além de seus recursos de roubo de informações, o malware também pode coletar credenciais adicionais por meio de um ataque de phishing. É capaz de exibir falsos pop-ups de serviços como Facebook, Google, entre outros para phishing dos detalhes da conta do usuário (login, senha, entre outros). Se o usuário inserir suas credenciais, o pop-up falso informará apenas que o login não foi bem-sucedido, permitindo, na outra ponta, que os hackers acessem todos as contas dos usuários com as credenciais obtidas e possam roubar seus fundos em criptomoedas e dados pessoais.

Fonte: Blog Criptomoedas Fácil.

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Vazamento de dados de meio milhão de contas e inatividade faz Google encerrar Google+

A rede social do Google, Google+, foi afetada por uma falha que expôs dados pessoais de meio milhão de contas, disse, na segunda-feira (8), a gigante da internet, ao mesmo tempo em que anunciou medidas para proteger as informações dos internautas e o encerramento da Google+ até o ano que vem.

Em março, durante uma auditoria de segurança interna da Google+, no qual as pessoas com uma conta do Gmail costumavam ser vinculadas automaticamente até setembro de 2014, o grupo com sede em Mountain View, Califórnia, nos Estados Unidos, descobriu uma falha que diz ter corrigido “imediatamente”.

Os nomes dos proprietários das 500 mil contas, endereço de e-mail, profissão, gênero e idade foram os principais dados expostos, assegura a Google em seu site. Os dados publicados pelos usuários, assim como mensagens, informação da conta Google e números de telefone não foram vistos ou consultados, acrescenta o grupo, argumentando que não se pode ter certeza dos usuários atingidos pela falha, nem sua localização.

Além de meio milhão de contas, até 438 aplicativos podem ter sido afetados por essa falha de segurança, que a Google não disse quanto tempo durou. Os desenvolvedores de aplicativos desconheciam a vulnerabilidade, afirma a companhia, e portanto não usaram os dados expostos: “Não encontramos evidência de que os dados tenham sido usados de maneira inadequada”.

O Google não explicou se esta falha de segurança é fruto de hackers nem o motivo pelo qual esperou meses para divulgar esta informação. Segundo o Wall Street Journal, os executivos do grupo temiam chamar a atenção dos reguladores e ser alvo de um tratamento como o que foi dado ao Facebook após o escândalo da Cambridge Analytica. Esta empresa britânica é acusada de ter reunido e utilizado sem consentimento os dados pessoais dos usuários da rede social americana com fins políticos.

— Cada vez que os dados de um usuário são afetados, fazemos mais do que a lei exige e aplicamos vários critérios para determinar se devemos notificá-los — disse um porta-voz da Google à AFP.

Neste caso, a companhia justificou seu silêncio com a natureza da informação que foi exposta, o fato de que não foi constatado o uso inapropriado dos dados e que não foi possível determinar com precisão quais usuários informar.

Novas medidas

A rede social Google+ conta com milhões de usuários e é utilizada, principalmente, por profissionais que estão interessados em temas específicos e podem ver as atualizações de seus contatos por meio dos “círculos”.

Os círculos são grupos de contatos criados pelo usuário de acordo com os critérios de sua escolha: interesses, categorias de clientes, relações etc., e dentro dos quais se pode decidir o conteúdo que irá compartilhar. Google+ foi adotado rapidamente pelas empresas, mas o Google afirma ter encontrado uma grande inatividade entre os participantes e, por isso, a versão da rede social para o público em geral deixará de funcionar. Para isso, será implementado um sistema de encerramento por um período de 10 meses, com conclusão prevista para o final de agosto próximo. “Nos próximos meses, forneceremos informações adicionais aos consumidores, incluindo formas de fazer download e migrar seus dados”, disse a empresa.

A gigante da internet anunciou novas medidas para que os usuários tenham um maior controle sobre seus dados, que se tornarão efetivas neste mês para os novos usuários e no início de 2019, para os antigos.

Os desenvolvedores de aplicativos deixarão de ter acesso aos dados relacionados com as mensagens SMS enviadas ou recebidas pelos telefones que executam o sistema operativo Android e às ligações recebidas, e contarão com acesso limitado à sua lista de endereços.

Além disso, os usuários passarão a receber solicitações individuais para autorizar o acesso aos dados dos diversos serviços do Google que utilizam.

Em comunicado em seu blog, o Google ressaltou que “Google+ é mais adequado como um produto corporativo, em que os colegas de trabalho podem participar de discussões internas em uma rede social corporativa segura. Os clientes corporativos podem definir regras de acesso comuns e usar controles centrais para toda a organização. Decidimos concentrar nossos esforços empresariais e lançar novos recursos criados especificamente para empresas. Compartilharemos mais informações nos próximos dias”.

Fonte: GZH.

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