Bad Rabbit tem “falha” no sequestro de arquivos e explora brecha

Analistas de segurança estão finalizando seus estudos do código da praga digital “Bad Rabbit”, que atacou computadores principalmente na Rússia e na Ucrânia. Especialistas descobriram que a praga explora uma brecha do Windows para se espalhar dentro das redes das empresas e que a praga possui deficiências no código que sequestra os arquivos.

O Bad Rabbit causou problemas para instituições e empresas na Rússia depois que os hackers invadiram sites para injetar janelas falsas de atualização do Adobe Flash Player. Quem caiu no golpe e executou o programa acabou infectando o seu computador – e possivelmente a rede inteira da empresa – com o vírus de resgate.

O vírus, porém, não se espalhou fora dos países alvos e foram registrados apenas casos isolados fora da Ucrânia e, principalmente, da Rússia, que foi o país mais afetado.

Praga tem ligação com o NotPetya e usa brecha EternalRomance

Há indícios de que o vírus foi obra dos mesmos responsáveis pelo ataque do NotPetya, também chamado de ExPetr, que atacou principalmente empresas na Ucrânia em junho. Além do comportamento do vírus, há uma forte semelhança em uma formulação de “hashing” (cálculo que produz um número de tamanho específico a partir de uma informação qualquer).

A ligação entre os dois vírus foi afastada inicialmente, já que o Bad Rabbit não usa o “EternalBlue”, um código atribuído à Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) e que foi vazado na web por um grupo anônimo conhecido como Shadow Brokers. Mas especialistas da Cisco descobriram que o vírus é capaz de usar outra técnica vazada pelos Shadow Brokers, a EternalRomance. A falha já foi corrigida pela Microsoft, mas empresas que não atualizaram os seus sistemas permanecem vulneráveis.

O uso da falha EternalRomance contradiz tanto os primeiros relatos sobre o Bad Rabbit — que apontavam o uso da falha EternalBlue — como as análises posteriores, que afirmavam que o vírus não fazia uso de nenhuma brecha.

Recuperação de arquivos sequestrados é possível

Duas deficiências foram identificadas no processo do Bad Rabbit que sequestra os arquivos do computador. Diferente do NotPetya, cuja rotina de criptografia impossibilitava a recuperação dos arquivos e levou o vírus a ser classificado como “wiper” e não um vírus de resgate, as deficiências presentes no Bad Rabbit podem ajudar as vítimas a recuperar os arquivos.

O Bad Rabbit negligencia as chamadas “cópias de sombra” do Windows, onde alguns arquivos ficam armazenados temporariamente. Essa deficiência era comum em vírus de resgates mais antigos, mas quase todos os vírus de resgate mais recentes apagam as cópias de sombra para fechar esse caminho de recuperação.

Com um programa como o Shadow Explorer, há uma chance de que as vítimas consigam recuperar os arquivos sequestrados.

Outro descuido do vírus está em seu gerenciamento de memória. Os especialistas descobriram que a senha que desbloqueia a inicialização do computador fica na memória enquanto o computador não for reiniciado. Isso significa que um computador contaminado pelo Bad Rabbit e que ainda não foi reiniciado pode ser mais facilmente recuperado, especialmente se as duas deficiências forem combinadas. Para quem já reiniciou o computador, porém, essa descoberta não terá utilidade.

Fonte: G1

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Ucrânia sofre ciberataque em aeroporto e metrô

Uma onda de ataques cibernéticos atingiu a Ucrânia nesta terça-feira (24), de acordo com a Reuters. Os ataques atingiram principalmente pontos de infraestrutura do país, como o aeroporto de Odessa e o sistema de metrô em Kiev, capital do país.

No começo deste mês, a Ucrânia já estava preocupada com possíveis ataques hackers em redes de infraestrutura do país. Na época, em comunicado, a Equipe de Resposta de Emergência Informática (Cert) afirmou: “Pedimos aos proprietários de sistemas de telecomunicações, outros recursos de informação, principalmente de infraestrutura de transporte, bem como usuários comuns de Internet, para seguir os requisitos de segurança mais rígidos”

O metrô de Kiev reportou um ataque específico ao seu sistema de pagamento. Enquanto isso, para conter os problemas, o aeroporto de Odessa afirmou que já intensificou as medidas de segurança: “Nós relatamos que o sistema de TI do aeroporto internacional de Odessa foi atingido por um ataque de hackers. Todos os serviços do aeroporto estão trabalhando em um modo mais rígido”, disse um porta-voz do aeroporto.

Sobre os possíveis atacantes, a Rússia aparece como principal indicada. Enquanto o Kremlin nega o ataque, o governo ucraniano está implementando “uma estratégia nacional para manter as instituições estatais e as empresas estratégicas seguras”, notou a Reuters.

Fonte: TecMundo

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Falhas de segurança são encontradas em smartwatches

Smartwatches, para que os pais saibam por onde andam os filhos

Os smartwatches apareceram e rapidamente ganharam adeptos de todas as idades. Chegaram também às crianças que, por imitação, adoram usar tudo o que os adultos têm.

Os pais, querem cada vez mais, saber por onde andam e o que fazem os filhos. Tudo o que possa ser uma ajuda para contactar rapidamente o filho ou localiza-lo, torna-se um objeto fundamental.

Mas, apesar de todas estas facilidades, há que ter em atenção os riscos de exposição ao mundo. O relatório publicado pela BEUC alerta sobre a exposição excessiva a que as crianças estão sujeitas quando usam um smartwatch destinado para elas.

A maioria dos smartwatchs com GPS incorporado, indicados para crianças, têm muitas falhas de segurança. Essas falhas podem levar a que “alguém” controle o dispositivo e veja as conversas da criança e até ative a câmara inteligente e filme ou tire fotografias.

Para além disso, através do GPS, a criança pode, não só ser localizada por quem não deve como ainda, essa pessoa pode alterar as coordenadas do smartwatch da criança, enviando coordenadas falsas aos pais.

O botão existente em alguns desses dispositivos, que é um botão de SOS para a criança acionar quando se sentir em perigo, não é confiável e pode também ser adulterado. Os hackers conseguem substituir o número de telefone de emergência pelo seu próprio número.

A intensão dos pais, ao comprar estes relógios, é proteger os filhos dos perigos atuais, alguns deles, que surgiram com o avanço da tecnologia. Mas há que ter muita atenção e informar-se devidamente pois, ao adquirir alguns destes aparelhos estão a expor ainda mais os seus filhos às formas modernas de ataque.

“A UE precisa urgentemente regular os padrões de segurança obrigatórios para os produtos conectados. Os produtores devem corrigir imediatamente essas falhas ou devem encontrar os produtos retirados do mercado” disse Monique Goyens, diretor geral do BEUC, em comunicado de imprensa.

Existe um relatório, elaborado pelo Conselho Norueguês de Consumidor (NCC), que está disponível para fazer download e contém auditorias de segurança a smartwatchs para criança.

Fonte: pplware

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Os hackers avançam – e o Brasil abre a guarda

O país continua na inocência, depois que o gmail da ex-presidente Dilma Rousseff já foi bisbilhotado pelo serviço secreto americano, que o escândalo pelo uso de uma conta pessoal de email contribuiu para a derrota da candidata democrata Hillary Clinton, que a Rússia usou as redes sociais para se intrometer nas eleições americanas, que a China e a Coreia do Norte empregam legiões de hackers para invadir bancos de dados, desviar dinheiro e fazer pressão política.

O aparelho de celular do ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência Geddel Vieira Lima, apreendido pela Polícia Federal, continha o número de celular e o endereço de email pessoal de Temer. As informações, incluindo centenas de outros documentos, foram entregues à Câmara dos Deputados, que as tornou públicas.

Um repórter do jornal O Globo ligou para o número e Temer atendeu. Três dias depois, no mesmo telefone, Temer voltou a atender uma chamada. E ainda confirmou que continua usando o mesmo gmail de quando era vice-presidente, justificando no entanto que as mensagens são recebidas por sua secretária. E afirmou “pode ligar de novo, viu”.

“As pessoas se colocam em vulnerabilidade porque não existe uma consciência da proteção dos dados pessoais”, constata Marco Konopacki, coordenador de projetos do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro.

“A população do Brasil é a que menos se preocupa com proteção de dados. Dá o número do CPF ou qualquer informação a qualquer um a toda hora. Clica em links de emails sem checar a fonte. Coloca-se em risco por conta de falta de cuidado.”

No Brasil, até quando se vai pagar uma simples compra em uma loja, o caixa pede os números dos documentos pessoais, endereço, telefone e email, para preencher um “cadastro”.

Em geral, as pessoas informam tudo isso, sem se darem conta de que estão dando de graça algo que vale ouro no mercado: a associação de hábitos de consumo, renda e estilo de vida com a forma de localizar o consumidor.

É tudo de que as empresas precisam para traçar suas estratégias de vendas direcionadas ao consumidor e, no jargão do marketing, oferecer algo que seja “relevante” para ele, explica Konopacki. Além de entregar isso de graça, o consumidor está abrindo o flanco para golpes de criminosos, que se aproveitam também da impulsividade com que as pessoas clicam em qualquer link que lhes enviem.

Como parte da falta de cultura de proteção de dados, pessoas físicas, empresas privadas e entidades públicas não investem em segurança da informação.

Segundo Konopacki, esse tipo de investimento vai desde a atualização de sistemas operacionais, que vão incorporando novas proteções para novas ameaças, até a contratação de especialistas em segurança, passando por campanhas internas de conscientização. O uso de softwares piratas também não ajuda, porque eles não recebem as atualizações fornecidas pelo fabricante.

Em junho, os sistemas do Hospital do Câncer e da Santa Casa de Barretos saíram do ar por causa de um ataque global do ransomware (programa de resgate) Petya. O programa travava os computadores e cobrava 300 dólares na moeda virtual bitcoin para fornecer uma senha para desbloqueá-los. Cerca 2.000 computadores foram afetados em todo o mundo.

Ataque semelhante em maio, com o ransomware WannaCry, havia paralisado o atendimento do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido. Foi desenvolvido um sistema de proteção para o WannaCry, mas muitas empresas e indivíduos não haviam atualizado ainda seus sistemas operacionais, tornando seus computadores vulneráveis.

Konopacki foi assessor de Novas Tecnologias e Participação na Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça entre 2014 e 2016, período em que coordenou as consultas públicas para a elaboração do Marco Civil da Internet. O Marco instituiu princípios de proteção dos dados, como por exemplo a proibição da venda de cadastros. Entretanto, diz o especialista, faltam leis para regulamentar esses princípios. Como está, depende ainda da avaliação subjetiva dos juízes.

“Há um projeto de lei que cria regras para a gestão de dados pessoais, e o instituto monitora a tramitação”, diz Konopacki. “Mas ainda não passou no Congresso e não sabemos se vai passar tão cedo. Isso coloca o Brasil num atraso tremendo.” A Espanha, por exemplo, além de leis, tem uma agência de proteção de dados pessoais, que fiscaliza seu uso adequado. “Nenhum dado pessoal deve ser coletado além do necessário para o serviço específico”, explica o especialista.

Em 2013, Edward Snowden, ex-funcionário da Agência Nacional de Segurança, dos EUA, revelou, entre muitas outras coisas, que o gmail de Dilma e também dados e trocas de mensagens na Petrobrás tinham sido grampeados. Konopacki lembra que, na “ressaca” desses vazamentos, formou-se uma comissão interministerial, com a missão de criar “canais robustos de comunicação segura, com criptografia, dentro do governo federal”.

Entre essas medidas estava o presidente — ou, na época, a presidente — usar telefone e email protegidos. Os sistemas criptografados, no entanto, são chatos e demorados de usar. Você não pega simplesmente o celular e liga, ou redige um email e manda. É preciso digitar uma série de senhas. “Há sempre um balanço entre segurança e liberdade”, observa o especialista.

Parece que a liberdade tem falado mais alto. Mas às vezes ela também fica ameaçada. Foi o caso da tentativa de alguns deputados de enfiar na reforma política a possibilidade de obrigar as plataformas de internet a tirar do ar uma informação considerada caluniosa por um político, mediante simples notificação.

“A intenção de combater informações falsas na internet era nobre, mas a forma foi desastrosa, porque é uma violação grave da liberdade de expressão”, avalia Konopacki. “Era um debate já superado pelo Marco Civil da Internet. Viraria uma guerra entre escritórios de advocacia. E a campanha seria morna, porque os eleitores não teriam a informação completa sobre os candidatos. Nem tudo o que desabona alguém é necessariamente calúnia.”

Conexão Moscou-Pyongyang

Em contrapartida, o “calor” que a Rússia conseguiu colocar na eleição presidencial americana do ano passado pode se repetir no Brasil, embora não partindo das mesmas fontes. Com o país muito polarizado politicamente, já têm proliferado na rede notícias falsas com aparência de verdadeiras, que se espalham à medida que confirmam os preconceitos e desejos de usuários, que por isso também pouco se interessam em verificar sua origem.

O Facebook está desenvolvendo programas de verificação de notícias falsas, com “robôs” que rastreiam sua origem e elaboram listas negras de endereços dos quais elas costumam partir. Isso é tecnicamente possível e ajuda. Mas as pessoas precisam estar interessadas na verdade.

No campo militar, a defesa cibernética do Brasil está a cargo do Exército. O governo publicou em dezembro de 2008 a Estratégia Nacional de Defesa, que definiu essa área como uma das três de importância estratégica. No ano seguinte, o Exército criou seu setor de Defesa Cibernética.

Segundo reportagem publicada no domingo pelo jornal The New York Times, agentes de segurança americanos e britânicos afirmam que a Coreia do Norte recrutou mais de 6.000 hackers. Suas ações são destinadas tanto a desviar dinheiro para o empobrecido país quanto a exercer pressões políticas contra os críticos do regime.

O país é suspeito de estar por trás do WannaCry e de outros ataques semelhantes, por meio dos quais já teria obtido centenas de milhões de dólares. Além das extorsões, os ataques visam entrar em computadores de pessoas e de empresas, em especial bancos, para roubar senhas e desviar dinheiro.

A partir de 2012, segundo agentes de segurança e detetives privados ouvidos pelo Times, as equipes de hackers passaram a ser distribuídas para outros países. Os ataques começaram então a se originar da Índia (que hoje responde por um quinto deles), Malásia, Nova Zelândia, Nepal, Quênia, Moçambique e Indonésia.

Em alguns casos, os hackers continuam fisicamente na Coreia do Norte, e apenas redirecionam os ataques pelos computadores norte-coreanos localizados em outros países.

Em dezembro de 2014, a Coreia do Norte mostrou seu poder de fogo em um ataque contra os computadores da Sony Pictures Entertainment, que estava prestes a lançar o filme A Entrevista, uma ficção narrando o assassinato do ditador norte-coreano, Kim Jong-un. Ao abrir seus computadores pela manhã, muitos funcionários encontraram uma imagem do CEO da companhia, Michael Lynton, degolado.

O FBI apurou que os hackers, auto-intitulados “Guardiães da Paz”, haviam roubado as senhas de um administrador com o máximo de acesso ao sistema da empresa. Eles pegaram as informações do banco de dados e ameaçaram publicá-las, se a Sony não abortasse o lançamento do filme. A empresa cedeu, tornando-se alvo de críticas do governo de Barack Obama e da indústria do cinema americana.

No ano passado, hackers norte-coreanos tentaram desviar 1 bilhão de dólares do Banco Central de Nova York. Eles tentaram a operação fazendo-se passar pelo Banco Central de Bangladesh. Entretanto, os funcionários do banco desconfiaram por causa de um erro de digitação: em vez de foundation (fundação), os criminosos escreveram “fandation.”

Segundo investigadores, há indícios de parceria entre a Coreia do Norte e o Irã — que também se ajudam mutuamente em seus programas de mísseis e nucleares.

Um ataque atribuído a hackers iranianos em 2012, contra a estatal do petróleo saudita Aramco, usou um malware (programa criminoso) para roubar dados e paralisar operações também usado por norte-coreanos, a partir de computadores na China, contra três bancos e as duas maiores emissoras de TV da Coreia do Sul.

Claro que nem todos os ataques originários da China são feitos por norte-coreanos. Pelo contrário. Artigo publicado em março de 2010 pela revista Foreign Policy citava uma estimativa segundo a qual os chineses teriam entre 50.000 e 100.000 hackers civis.

O ataque mais impressionante atribuído aos chineses foi o roubo das informações de 21,5 milhões de pessoas no banco de dados do Escritório de Gestão de Pessoal do governo americano, em 2015. O presidente Donald Trump, ao se defender das acusações de ter sido beneficiado pelas invasões do banco de dados e emails da campanha democrata, citou esse caso, como muito mais grave que o da Rússia.

Na verdade, quanto mais se sabe sobre a imensa gama de ameaças, mais atônito — e paranoico — se fica. Talvez seja dessa realidade que muitos brasileiros estejam se protegendo, mas, quanto mais se adia o contato com a realidade, mais traumático ele se torna.

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Fonte: EXAME

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Ciberataques têm crescimento de 44% no Brasil

O estudo, que está em sua primeira edição e refere-se ao terceiro trimestre do ano, revela que o número de cibercrimes efetuados via malware cresceram 49% no período, passando de 3,74 milhões para 5,58 milhões. Já os ataques via links maliciosos cresceram 44% e trazem números ainda mais alarmantes: de 45,72 milhões de ataques no segundo trimestre para 65,78 milhões no terceiro. Ainda que os malwares tenham apresentado uma maior taxa proporcional de crescimento, links maliciosos já são 12 vezes mais usados em ataques no Brasil. A previsão do DFNDR Lab é que esse índice cresça 70% nos últimos três meses do ano, atingindo 112 milhões.

Diretor do DFNDR Lab, explica que hackers apostam em golpes que podem ser facilmente compartilhados nas redes sociais para ganharem escala com velocidade: “Empresas e governos foram, historicamente, alvos preferenciais de hackers por possibilitarem ganhos expressivos e acesso a informações valiosas. No entanto, eles sempre possuíram melhores defesas que o cidadão comum. Ao atacar diretamente as pessoas, cibercriminosos diminuem o risco de serem expostos ou presos, mas precisam atacar em grande escala para serem lucrativos. Por isso há tantos golpes na internet”, explica.

Dentre as principais ameaças registradas no período, na categoria de links maliciosos, destacam-se: publicidade enganosa (Bad Ads) (35% de todos os ataques) e golpes compartilhados via aplicativos de mensagens (830% de crescimento). Já dentre os cibercrimes efetuados via malware, os mais comuns foram: simulações de apps existentes que, após download, cadastram o usuário em serviços pagos de SMS (3.5MM de ocorrências) e cópias de aplicativos reais que, após instaladas, realizam a exibição ilegal de anúncios (1.4MM de ataques).

Além de análises que refletem o cenário do cibercrime no Brasil, o Relatório de no Brasil traz também tendências e estimativas de golpes que devem se destacar nos próximos meses. Dentre as tendências, uma surge com mais força: os perfis falsos no Facebook que se passam por grandes empresas varejistas.  Nesta armadilha, ao clicar em falsas ofertas publicadas por esses perfis, o usuário é enviado a um site que imita os oficiais das companhias e, dessa forma, fornece seus dados bancários e pessoais acreditando que está adquirindo um produto, quando na verdade está apenas disponibilizando suas informações para cibercrimonosos.

Fonte: BitMag

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Bancos e bolsas de bitcoins serão os novos alvos de hackers

No ano que vem, o principal foco de perdas para os bancos causadas por ciberataques não será o roubo de dinheiro, mas a destruição de sua infraestrutura de TI durante os estágios finais de um ataque hacking. Os bancos estão habituados a serem alvos apenas de ataques de cibercriminosos. Mas, hoje, os hackers ligados a governos estão fazendo isso de forma muito mais frequente.

É o que mostra relatório do Group-IB intitulado “Hi-Tech Crime Trends Report”, divulgado recentemente. Segundo o estudo, ao destruir a infraestrutura de TI dos bancos, os cibercriminosos tentam cobrir seus rastros durante os furtos, enquanto o objetivo dos hackers patrocinados por governos é o de maximizar o dano às instituições financeiras e interromper as operações bancárias. Nos dois casos, os danos causados podem ser até maiores do que a quantidade de dinheiro roubado devido a interrupções de serviço com impacto reputacional e regulatório.

O estudo revela também que os hackers agora vão conseguir atacar com sucesso instalações industriais, pois aprenderam como trabalhar com a “lógica” da infraestrutura crítica. Essas instalações usam sistemas de TI complexos e únicos: mesmo se alguém tiver acesso a elas, é necessário conhecimento específico sobre os princípios de sua operação para realizar ataques.

Durante o ano passado, o Group-IB observou que a competência dos hackers aumentou junto com suas capacidades de causar impacto em infraestruturas críticas. Portanto, a consultoria prevê novos incidentes em grande escala visando a infraestrutura industrial e central.

O estudo também constatou que os hackers estão mudando o foco dos bancos para a chamada indústria de criptografia (ICO, wallets, bolsas de criptomoedas e fundos), que acumulou grandes capitalizações e recursos.

Em termos técnicos, os ataques contra prestadores de serviços neste setor não são mais difíceis do que contra os bancos, no entanto, a segurança da informação em questão e a maturidade das empresas blockchain é significativamente menor. Outra motivação para os criminosos é que as tecnologias de blockchain são mais anônimas e desreguladas — isso reduz consideravelmente o risco de serem pegos durante a retirada do dinheiro.

Fonte: IDGNow

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Falha no Wi-Fi permite interceptação de dados do seu dispositivo por hackers

Na manhã desta segunda-feira (16), pesquisadores de segurança começaram a liberar informações sobre uma série de vulnerabilidades descobertas no padrão WiFi que deixa expostos milhões de gadgets ao redor do planeta ao permitir que o tráfego de rede seja monitorado por um invasor.

Apesar de ter foco maior no Android — 41% dos dispositivos com o sistema da Google estariam vulneráveis a esse ataque, algo considerado “especialmente devastador” pelos especialistas —, a falha está presente nas criptografias WPA e WPA2.

O grande problema envolvendo o Android diz respeito aos gadgets rodando as versões 6.0 ou superior da plataforma do robozinho verde. De acordo com os pesquisadores, uma vulnerabilidade no sistema “torna trivial a interceptação e manipulação do tráfego”, o que dá ares ainda mais sinistros a essa nova ameaça.

De acordo com o longo relatório divulgado nesta segunda-feira, usuários do macOS e de OpenBSD também estão bastante vulneráveis, ampliando ainda mais a possibilidade de ação de invasores.

Interceptação de Tráfego

O grande problema da nova ameaça é que ela dispensa a quebra de uma senha de acesso ao WiFi, então, um invasor não precisa descobrir a senha da rede para realizar a sua ação. Como se trata de interceptação de tráfego, os atacantes obtêm informações transmitidas de forma supostamente segura e criptografada, como dados bancários, números de cartões de créditos, mensagens de bate-papo, fotos e muito mais.

Para isso, basta que o dispositivo do invasor esteja ao alcance da rede acessada pela vítima. A “vantagem” aqui é que a ação chamada de ataque de reinstalação de chave não tem alcance sobre os pontos de acesso, mas apenas sobre o tráfego de rede ao explorar vulnerabilidades da handshake de quatro vias do protocolo WPA2 — “handshake” é o nome do processo por meio do qual as máquinas “se cumprimentam”, ou seja, se reconhecem entre si a fim de realizar uma comunicação.

Apesar de reconhecer que os ataques ainda são complicados, exigindo certa destreza dos invasores para serem levados a cabo, os pesquisadores afirmam que eles são mais simples se comparados a outras ações do tipo.

Mais problemas e possível solução

Segundo o documento liberado pelos pesquisadores, não importa qual a combinação de criptografia você utiliza em seu modem: os ataques vão funcionar contra redes privadas ou empresariais protegidas via WPA e WPA2. Assim, não adianta alterar a senha do WiFi para evitar ou combater o ataque — também porque os hackers não precisam dela para monitorar o tráfego de rede explorando essa vulnerabilidade.

Diante desse cenário com ares apocalípticos, uma possível solução é aguardar atualizações de segurança liberadas pelas fabricantes de modem. Os especialistas informam que um update retrocompatível daria conta de corrigir a vulnerabilidade, portanto nós não precisamos aguardar um “WPA3” para devolver a segurança às conexões sem fio. Você pode acessar o site da fabricante do seu modem e verificar por novas versões do firmware do seu equipamento.

Além disso, a Wi-Fi Alliance, organização que certifica se dispositivos de conexão sem fio seguem determinados padrões, já foi alertada e preparou uma série de ações para corrigir tais vulnerabilidades junto das fabricantes.

Fonte: TecMundo

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Novo golpe sequestra e-mails reais para espalhar malwares

A audácia e perspicácia dos cibercriminosos assustam, e cada vez mais eles se superam para infectar as máquinas e obterem dados pessoais dos incautos. Prova disso é uma nova modalidade de golpe virtual identificada pela Unit 42, unidade de pesquisa da Palo Alto Networks, que sequestra e-mails reais para espalhar malwares.

Batizado de FreeMilk, o golpe usa uma nova técnica de spear phishing, que funciona assim: ao invés de criar e-mails falsos e distribui-los indiscriminadamente, é feita a interceptação de um e-mail verdadeiro. Com a conversa original em mãos, os crackers incluem um anexo com conteúdo malicioso para infectar o dispositivo do usuário.

De acordo Unit 42, os alvos do novo golpe são específicos, como CEOs, funcionários ligados a executivos de alto escalão, amigos destas pessoas e até mesmo seus familiares. Até o momento, já foram identificadas vítimas como um banco no Oriente Médio, uma empresa de serviços de propriedade intelectual na Europa, uma organização internacional de esportes e pessoas ligadas indiretamente com um país do nordeste da Ásia.

A Unit 42 não fala especificamente quais os objetivos do FreeMilk, mas, dadas as vítimas e perfil dos alvos do golpe, é possível especular sobre isso. Com infecções bem-sucedidas, os cibercriminosos têm acesso a documentos sigilosos das empresas, podendo chantageá-las com isso ou vendê-los a concorrentes. Obviamente, dados pessoais e bancários das companhias e de seus executivos também devem ser obtidos para fins ilícitos nesse golpe.

Como se prevenir

A infecção pelo FreeMilk ocorre principalmente por uma vulnerabilidade identificada em uma suíte de aplicativos Office. Para se proteger dele e de ataques similares, os especialistas orientam os usuários a manterem seus sistemas e dispositivos atualizados com os mais recentes pacotes de segurança.

No âmbito empresarial, a sugestão é que os profissionais de infraestrutura e de TI implementem várias camadas de segurança, de maneira a oferecer proteção adicional para prevenção desses tipos de ataques. Com esse esquema de segurança montado, por exemplo, o invasor não conseguiria utilizar credenciais roubadas para se autenticar em um sistema que exige login em duas etapas.

Fonte: CanalTech

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Brasil: Um dos líderes em controle de botnet

Em 21 de outubro de 2016, os maiores serviços e sites de notícia da internet enfrentaram lentidão extrema ou pararam de funcionar. Netflix, Spotify, CNN, PayPal, Pinterest, Reddit, FOX News e vários outros foram alguns dos alvos. Até a gigantesca Amazon ficou paralisada naquela sexta-feira.

A arquitetura do ataque relembrou um dos gargalos do funcionamento da própria internet: o foco foi na empresa Dyn, que administra domínios de sites, o conhecido sistema DNS. Mas atacar sistemas de DNS é um tanto conhecido, o que tornava aquele ataque um prenúncio do futuro complicado que a segurança da informação enfrentará diz respeito a como o ataque foi feito. Ou mais especificamente: que tipos de dispositivos o desencadearam.

Os especialistas só descobriram depois, mas naquele dia o malware Mirai mostrou sua cara e protagonizou o maior ataque DDoS da história. O vírus passou meses criando uma botnet —uma rede de computadores sequestrados por malware que podem receber comandos futuros de um controlador — poderosíssima e logo depois concentrou o poder dela contra alvos pré-determinados.

O Mirai não sequestra computadores ou smartphones, mas sim eletrodomésticos da gama de produtos conhecidos como internet das coisas (IoT): câmeras digitais, gravadores de DVR, geladeiras, lâmpadas, e especialmente câmeras, todos com conexão à internet.

Segundo a Dyn, a botnet tinha ao menos 100 mil componentes e operou com capacidade de 1,2Tbps, força capaz de derrubar praticamente qualquer servidor do planeta. Esse número coloca a rede Mirai como duas vezes mais poderosa que qualquer ataque DDoS já feito na história, segundo estudiosos da própria Dyn.

“O Mirai foi apenas a ponta de um iceberg”, contou ao R7 o consultor Michel Araújo, da F5, especializada em segurança. Segundo ele, com a proliferação de aparelhos conectados, a quantidade de ataques como esses devem se multiplicar.

Internet das Coisas

Eletrodomésticos são especialmente vulneráveis porque ninguém liga muito para a segurança deles. Existem até sites com streaming de câmeras aleatórias pelo mundo, inclusive câmeras de bebês dormindo. O Mirai vasculha redes e tenta as combinações padrão de senhas desses dispositivos e sequestra os que consegue. Em meses, a rede se tornou gigantesca e protagonizou um ataque jamais visto.

O relatório mais recente da F5, publicado em junho, coloca o Brasil no mapa dos ataques da Internet das Coisas, o que deve causar preocupação em quem possui um dos modernos dispositivos conectados.

A modalidade de servidor Comand & Control é a que mais cresce no Brasil, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. Um servidor do tipo permite a um hacker controlar uma rede com comandos simples e camuflados. Alguns podem até ser configurados na casa dos criminosos.

O processo de construção de uma rede baseada em internet das coisas é relativamente simples, segundo o analista.

“A primeira fase envolve os hackers vasculhando uma rede insegura em busca de câmeras, modens e roteadores. Pelo menos metade dos dispositivos IoT estão inseguros e com senha e usuário padrão”, afirma Michel. “A segunda fase é infectar esses dispositivos e associá-lo à rede para ser usada no futuro”.

Enquanto o Mirai mal foi investigado, outra botnet cresce com uma velocidade estonteante: a Persirai, também especializada em câmeras, principalmente modelos baratos fabricados na China. Segundo um relatório recente, mais de mil modelos de câmeras possuem a vulnerabilidade explorada pelo malware.

Cerca de 3,43% dessas câmeras infectadas estão no Brasil. Mas a relação brasileira com crimes cibernéticos se amplia quando se analisa a presença dos servidores que controlam essas redes. O Brasil está como o quarto país com maior número de Comand & Control, atrás apenas do Reino Unido, Itália e Turquia.

O aumento do número de servidores implica que as gangues cibernéticos estão cada vez mais profissionais e autoridades policiais enfrentarão problemas maiores para lidar com elas. Para se ter uma ideia, o trojan Zeus era controlado por pelo menos 12 gangues ao redor do mundo, com 160 servidores comand & control capazes de ordenar ataques.

No futuro, é bastante provável que botnets como a Mirai e Persirai se tornam muito maiores. Em 2017, foi detectado um aumento de 280% de câmeras comprometidas, o que significa que o próximo ataque do tipo pode ser ao menos três vezes maior.

“São 8,4 bilhões de dispositivos IoT hoje no mundo: roteadores, geladeiras e câmeras. Em 2020, estima-se que esse número chegue à 20 bilhões de dispositivos”, aponta.

Segundo ele, é preciso pensar que esses dispositivos não podem apenas ser parte de botnets, mas colocar a própria vida de dos usuários em risco.

“Imagina um carro hackeado. Ou sensores de usinas nucleares e termelétricas. O terrorismo pode ser levado à outro nível”, completa o especialista. “Os hackers também estão se tornando mais profissionais. Há coisas possíveis que nem os analistas ainda previram”.

Como se proteger

As dificuldades quanto ao futuro aumentam porque não existe padronização ou fabricantes preocupados com segurança.

“Não existe a mínima padronização de segurança. Vários fabricantes são chineses que vendem milhões de câmeras por mês”, diz especialista.

Ainda que os usuários estejam assustados, é possível tomar medidas relativamente simples para evitar problemas maiores.

A primeira e principal é mudar a senha padrão de qualquer dispositivo conectado à internet. O principal deles é o roteador fornecido por sua operadora de internet, que pode comprometer todos os outros aparelhos.

Apesar de câmeras serem o grosso das botnets atuais, qualquer aparelho pode ser alvo de malwares futuros. Então, além de trocar a senha, é importante também manter sempre o sistema atualizado. Sempre que uma atualização estiver disponível, é bom efetivá-la.

Os fabricantes deveriam ter preocupações similares. Michel aponta que medidas simples poderiam evitar a proliferação tão grande dessas redes. Uma delas é impedir que os aparelhos operem com senhas padrão, convidando os usuários a trocá-la no primeiro uso.

Outra é a instalação de protocolos que dificultam a detecção desses aparelhos pelos scripts dos hackers, ou ainda sistemas antivírus que previnem do dispositivo ser controlado remotamente.

Mas enquanto os fabricantes não se preocupam com isso, os profissionais de segurança esperam quando um novo Mirai entrará em ação.

Fonte: r7

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Hackers aderem à inteligência artificial. Saiba se proteger

Inteligência artificial está na moda. Quem acompanha tecnologia de perto já percebeu: o assunto é cada vez mais frequente; está por todos os lados. Enquanto soluções baseadas na tecnologia surpreendem e facilitam nossa vida, o lado negro do mundo online acabou transformando a inteligência artificial em mais uma arma para ataques cibernéticos. Através dela, hackers podem decidir o que atacar, quem atacar, como atacar e até quando atacar.

Um estudo realizado por uma empresa de segurança mostrou que robôs inteligentes são capazes de espalhar links maliciosos e ataques muito mais rápido que qualquer hacker de pele e osso. No experimento que colocou um humano contra um hacker artificial em uma disputa para disseminar mensagens com links maliciosos no Twitter, enquanto o robô atraiu 275 vítimas a uma média de 6,75 tweets por minuto, o hacker humano atraiu apenas 49 pessoas enviando 1 tweet por minuto. Massacre!

Especialistas em segurança digital dizem que o uso da inteligência artificial por cibercriminosos é cada vez mais comum. A principal forma seria através do monitoramento automático do comportamento do usuário em redes sociais, trocas de mensagens de texto, e-mails e até a própria navegação pela internet em si. Com base nessas informações, hackers conseguem, também de forma automatizada, criar ataques de phishing personalizados. Neste golpe, e-mails, tweets, mensagens de whatsapp, sites falsos e outras formas de comunicação são usados para enganar e levar o usuário a clicar em links maliciosos. Tudo com um único objetivo: roubar senhas ou informações pessoais e confidenciais.

É muito raro que um hacker humano persiga um alvo individual. A maioria dos ataques é automatizada; desde ataques de negação de serviço a ransomwares e chatbots criminais. Agora, se a inteligência artificial é arma do hacker moderno, quem protege o mundo digital precisa ser ainda mais inteligente e criar formas criativas de defender as vulnerabilidades dos sistemas. O principal contra-ataque dos profissionais, não por acaso, é a própria inteligência artificial. Com ela é possível detectar fraudes e até neutralizar um ciberataque. Porém, sozinha, não é suficiente. Soluções de segurança precisam ir além e trabalhar com um processo constante de verificação que antecipa as ações do usuário.

Fonte : Olhar Digital 

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