BYOD: descubra se vale a pena implementar no seu negócio!

O BYOD é uma das grandes tendências do mercado empresarial e já está sendo implementado por vários negócios. No entanto, antes de aderir ao modelo, é importante se informar e entender seus prós e contras.

Se você tem equipes remotas, precisa avaliar o cenário e tomar decisões de forma estratégica. Afinal, embora o modelo gere benefícios importantes, também abre espaço para ameaças virtuais e exposição de dados sigilosos.

O assunto é, sem dúvidas, de extrema relevância. Pensando nisso, preparamos este guia para empresas que se preocupam com mobilidade e inovação, mas que não abrem mão da segurança. Acompanhe!

O que é BYOD?

BYOD (Bring Your Own Device), pode ser traduzido como “traga o seu dispositivo”. Desse modo, é uma nova estratégia de gestão voltada para os trabalhadores remotos, incentivando-os a utilizarem seus próprios dispositivos.

Então, de forma simples e prática: o modelo prega uma centralização das atividades, pessoais e profissionais, em um só aparelho móvel — notebooks, tablets e smartphones. Assim, ao invés de receber um dispositivo da empresa, o funcionário usará o seu.

Como surgiu o BYOD?

Embora a prática não seja uma grande novidade, o termo recebeu destaque por volta de 2009 e foi a Intel a pioneira em adotá-la com o objetivo de dar mais flexibilidade e aumentar a produtividade dos seus times.

Ou seja, o BYOD surgiu de uma demanda real das organizações em facilitar a vida dos funcionários, eliminando gargalos e processos que prejudicam sua rotina. Isso porque, ao utilizarem dispositivos com os quais estão familiarizados, seu desempenho aumenta e o negócio cresce.

De lá para cá, a metodologia se disseminou para dentro de outros negócios. Além disso, foi impulsionada pela Transformação Digital e pelo aumento expressivo do número de dispositivos móveis em todo o mundo.

Segundo a FGV, o Brasil tem 2 dispositivos digitais por pessoa. Ao todo, temos 440 milhões de dispositivos digitais (computadores, notebooks, tablets e smartphones), sendo que 242 milhões deles são celulares.

Quais as vantagens do BYOD?

A ideia de permitir que os funcionários usem seus próprios dispositivos no dia a dia de trabalho pode assustar muitos gestores. No entanto, essa é uma prática que já acontece em diversos negócios, mesmo que alguns nem percebam.

A questão é que a estratégia realmente traz benefícios. Veja!

Redução de custos

Um dos grandes pontos positivos do BYOD é o potencial de gerar economia para a empresa. Afinal, se o funcionário utiliza seu dispositivo pessoal, como notebook e celular, o negócio não precisará mais arcar com este custo.

Além disso, a estratégia é um impulso para a adoção do home office. Um funcionário pode trabalhar de casa sempre que necessário e isso reduz custos indiretos, como energia elétrica e demais despesas de manutenção do ambiente.

Mais mobilidade

Sem dúvidas, o BYOD facilita a vida do funcionário, principalmente fora do escritório. Em um mercado em que os profissionais valorizam a flexibilidade, este pode ser um ponto de destaque e ajuda a atrair mais talentos.

A ideia de conseguir trabalhar de uma cafeteria, no sofá de casa e até mesmo durante viagens é algo que enche os olhos das novas gerações.

BYOD: funcionária trabalhando de casa, com seus dispositivos

Mais produtividade

É bem provável que os colaboradores tenham mais facilidade de lidar com seus próprios dispositivos. Afinal, eles já conhecem os comandos e estão adaptados aos processos. Este é mais um ponto positivo, capaz de ampliar a produtividade empresarial.

Quais os desafios para implementar o BYOD?

Embora a implementação do BYOD traga benefícios valiosos para as empresas contemporâneas, precisamos ter o “pé no chão”. Isso porque, a estratégia deve ser estudada e bem estruturada para não elevar os riscos de vazamento de dados.

Em resumo, existem desafios e pontos críticos que merecem a atenção dos gestores e empresários. Somente assim é possível colher os bons frutos dessa tendência. Confira!

Nível de segurança dos dispositivos

Você consegue afirmar que os dispositivos digitais dos seus funcionários estão protegidos? O nível de segurança de equipamentos pessoais é um ponto crítico e dificultador para a implementação do BYOD.

É difícil garantir que os aparelhos tenham mecanismos capazes de barrar a ação de hackers, não é mesmo? Você, certamente, precisará de ajuda de profissionais em Segurança da Informação para superar este obstáculo.

Privacidade dos funcionários

A privacidade dos funcionários é mais um ponto de atenção, já que o uso do equipamento pessoal para funções corporativas pode expor dados, como senhas e arquivos pessoais.

Nesse caso, é preciso investir em treinamentos e campanhas de conscientização sobre boas práticas no uso dos equipamentos em horário de trabalho.

Regulamentação no Brasil

Outro desafio para implementar o BYOD é a falta de regulamentação da prática no país. Não existem regras claras que definam direitos e deveres das partes, o que pode deixar brechas para discussões judiciais e outros transtornos.

Boas práticas para empresas que desejam implementar o BYOD

Se você avaliou os prós e contras do BYOD e decidiu que vai investir nessa estratégia, então precisa de um plano de ação. Isso porque, com cautela e ajuda de profissionais, é totalmente possível aproveitar as vantagens de permitir que os funcionários usem seus dispositivos pessoais no trabalho.

Anote alguns pontos e pense sobre o assunto:

  • crie uma política de BYOD;
  • defina quais funcionários poderão usar seus equipamentos pessoais;
  • defina quais dispositivos serão permitidos — você pode autorizar o smartphone, mas fornecer o notebook;
  • invista na neutralização das vulnerabilidades dos dispositivos móveis;
  • crie regras para backup dos dados empresariais.

Modernize sem expor sua empresa a riscos cibernéticos!

O BYOD é uma tendência que está alinhada com as novas demandas do mercado e dos próprios trabalhadores. Porém, como vimos, precisa ser implementado com atenção e foco na Segurança da Informação.

Se fizer sentido para a sua empresa adotá-lo, não se esqueça de redobrar a atenção e os investimentos em proteção dos dispositivos móveis. Afinal, tudo o que é importante para sua empresa estará disponível em aparelhos pessoais e quase sempre desprotegidos.

Aliás, aproveite para conferir os principais erros de segurança no home office! Este é um bom começo para quem está pensando em adotar o BYOD!

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5 tendências para o mercado de segurança digital até 2019

Os gastos das empresas com produtos e serviços de segurança da informação deverão saltar nos próximos anos, segundo estimativas do instituto de pesquisas Gartner. O motivo está relacionado ao aumento das ameaças virtuais. De acordo com Siddharth Deshpande, diretor de pesquisa do Gartner, incidentes de segurança altamente divulgados e de alto impacto reforçam a necessidade de organizações para tratar a segurança e a gestão de risco como uma prioridade de negócios.

Os incidentes de segurança geralmente acontecem porque as organizações não prestaram atenção às práticas recomendadas básicas de segurança. “Violações contínuas reforçam a necessidade de CIOs e Chief Information Security Officer (CISOs) para ver dados sensíveis e sistemas de TI como infraestrutura crítica e prevenir, detectar e responder adequadamente a incidentes”, apontou Deshpande.

Existem cinco segmentos principais de produtos de segurança empresarial que impulsionarão o crescimento em 2019, de acordo com o Gartner:

  1. Software integrado de gerenciamento de risco (crescimento de 26,6%)
  2. Segurança de dados (crescimento de 12,4%)
  3. Proteção de infraestrutura (crescimento de 11,7%)
  4. Gestão de identidade e acesso (crescimento de 10,9%)
  5. Equipamentos de segurança de rede (crescimento de 10,3%)

Carência de profissionais habilitados

As organizações continuam a sentir a pressão para encontrar as pessoas certas com as habilidades certas para aumentar suas equipes de segurança, especialmente devido à natureza 24/7 das funções das operações de segurança.

Segundo o Gartner, essa escassez de habilidades em andamento está impulsionando a demanda por serviços de segurança, particularmente terceirização de segurança, serviços de segurança gerenciados e consultoria de segurança.

“Os CISOs estão cada vez mais preocupados com a qualidade dos serviços de segurança atualmente disponíveis, criando uma oportunidade para novos provedores de serviços de segurança que possam oferecer serviços de maior qualidade”, alertou Deshpande.

As regulamentações globais existentes sobre privacidade de dados, como a Regulamentação Geral de Proteção de Dados (GDPR), bem como as futuras regulamentações, como a proposta de proteção de dados pessoais, estão aumentando a conscientização sobre questões de segurança e gerenciamento de riscos.

“Os CISOs estão sob crescente pressão para garantir que suas organizações não se tornem vítimas de agressores externos, ao mesmo tempo em que mantêm a conformidade com os regulamentos”, revelou Deshpande. “A obtenção de financiamento para projetos de segurança tornou-se mais fácil para os CISOs hoje do que no passado, devido à maior conscientização. O desafio é que eles gastem o orçamento de segurança de maneira criteriosa e melhorem a maturidade de segurança de sua organização ao longo do tempo. ”

“Melhorar a maturidade da segurança vai além dos investimentos em tecnologia. Requer um foco apropriado em processos e pessoas”, disse o executivo. “Segurança e gerenciamento de riscos é uma parte crítica de qualquer iniciativa de negócios digitais, com o objetivo final de gerar confiança e resiliência em toda a organização.”

Fonte: IT Forum 365.

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